Biotecnologia aplicada ao tratamento de DAM

Durante as atividades de mineração do carvão há a formação da drenagem ácida de minas (DAM). Esse efluente, gerado a partir de uma série de reações que envolvem tanto processos químicos quanto biológicos, principalmente através da oxidação da pirita, é caracterizado por sua elevada acidez e altas concentrações de sulfatos de metais (principalmente sulfatos de ferro, de alumínio, de manganês, de magnésio, de zinco e de cobre) e compostos orgânicos.
A DAM representa grandes riscos ambientais, em especial, impactos hídricos, conseqüência da solubilização e mobilização de metais pesados.

Em virtude do seu potencial nocivo, várias técnicas têm sido estudadas para o tratamento da DAM, sendo que o tratamento convencional é realizado pela neutralização e precipitação dos metais na forma de hidróxidos. Porém outros processos têm sido estudados como precipitação seletiva, extração iônica, biossorção, biorremediação, tratamento passivo biológico e adsorção. O foco do estudo é a biossorção aplicada a tratamento de efluentes contaminados com metais provenientes da mineração de carvão.

O processo de biossorção está fundamentado na capacidade de alguns tipos de biomassas de concentrar e ligar metais pesados de soluções aquosas diluídas através de seu envoltório celular. Este processo é considerado ambientalmente correto, pois apresenta algumas vantagens quando comparado aos métodos convencionais, tais como: baixo custo operacional, minimização do volume de lama química e/ou biológica para ser descartada, alta eficiência no tratamento de efluentes diluídos, reutilização do biossorvente e nenhum requerimento de nutrientes quando a biomassa se encontra inativa. Como agente biossorvente será utilizada uma bactéria do gênero Rhodococcus sp. Os ensaios serão realizados em batelada e durante o processo serão testados diferentes valores de pH e tempo. Espera-se que a biomassa bacteriana seja capaz de biossorver os metais presentes na DAM.

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