Resinas Quelantes de Troca Iônica
O teor de minérios ao redor do mundo vem diminuindo gradativamente, o que resulta em concentrações dos metais de interesse cada vez menores e teores de contaminantes superiores. Isto é verificado no processamento hidrometalúrgico do minério de níquel laterítico, em que o teor de ferro é superior ao dos principais elementos de interesse – níquel, cobre e cobalto. As reservas ainda não exploradas contém teores de ferro 8 vezes maior que o de níquel, 130 vezes maior que o de cobre e 250 vezes maior que o de cobalto. Não obstante, isto torna-se ainda mais crítico quando se considera que o cobalto não possui minério próprio, e sua obtenção é totalmente dependente da extração de níquel e cobre.
Por esta razão, torna-se de suma importância o uso de técnicas de separação seletiva para obtenção de produtos de alta pureza. Entre as técnicas existentes estão as resinas quelantes de troca iônica. Estas resinas possuem uma ordem de seletividade, dependendo de seu grupo funcional, podendo então separar os metais de forma seletiva. Ainda, podem também ser utilizadas para concentrar elementos em concentrações traços, como é o caso dos metais terras raras. Comparando esta técnica com outras de separação, as resinas quelantes possuem vantagens: fácil operação, custo das resinas, não inflamável, reutilização, e operação contínua.
Assim, é possível separar o cobre, níquel, e cobalto do licor proveniente da lixiviação do minério laterítico de níquel usando resinas quelantes em processo contínuo, obtendo diferentes soluções concentradas destes metais. Ainda assim, os principais contaminantes ficam presentes em concentrações traços.
Os principais equipamento utilizados para a execução deste projeto são fluorescência de raios X por energia dispersiva (EDXRF), microscopia eletrônica de varredura (MEV-EDS), espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), cromatografia de cátions e ânions, e analisador voltamétrico (V.A.).