TERRAS RARAS
As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos, incluindo os 15 lantanídeos, além do escândio e do ítrio. Embora não sejam escassos na crosta terrestre, são denominados “raros” devido à sua dispersão e à complexidade de extração e separação. Esses elementos são estratégicos para a tecnologia e fundamentais para economia.
São utilizados em turbinas eólicas e veículos elétricos, destacam-se os ímãs permanentes fabricados com neodímio (Nd) e praseodímio (Pr). No setor de eletrônicos e displays, elementos como ítrio (Y), térbio (Tb), európio (Eu), gadolínio (Gd) e cério (Ce) são usados em telas de LED, monitores, smartphones e TVs, sendo o európio responsável pela cor vermelha, o térbio pela verde, e o cério empregado no polimento de vidros. O lantânio (La), por sua vez, é usado na fabricação de lentes. Em baterias recarregáveis do tipo NiMH, comuns em veículos híbridos, utilizam-se lantânio, cério, neodímio e praseodímio. No setor aeroespacial, as terras raras são indispensáveis em sensores, sistemas de guiagem, lasers e ligas metálicas especiais, utilizando-se gadolínio, samário, neodímio, disprósio e itérbio. O gadolínio é amplamente usado como agente de contraste em ressonâncias magnéticas, enquanto o lutécio tem aplicação em radioterapia e o térbio em pesquisas de imagem biomédica.
As fontes primárias são minerais como a bastnasita (rica em lantânio, cério e neodímio), a monazita (que contém cério, lantânio, tório e neodímio), a xenotima (rica em ítrio e terras raras pesadas) e as argilas iônicas ( fontes de disprósio, térbio e ítrio). Esses minérios são encontrados em depósitos situados principalmente na China, Estados Unidos, Austrália, Índia, Brasil e Rússia.
No entanto, diante do crescimento da demanda global e das preocupações ambientais relacionadas à mineração convencional, tem aumentado o interesse pela recuperação de terras raras a partir de fontes secundárias, como resíduos eletrônicos, ímãs permanentes usados, catalisadores automotivos descartados e rejeitos industriais. Essas rotas secundárias, baseadas em técnicas hidrometalúrgicas como lixiviação e extração por solventes, promovendo a economia circular e reduzindo a dependência da mineração primária.
Atualmente, a China domina tanto a extração quanto a produção e o refino de terras raras, controlando aproximadamente 60% do fornecimento global e detendo a maior parte da cadeia tecnológica. Embora o Brasil possua reservas significativas, especialmente de monazita, o país ainda carece de tecnologia própria para o processamento e separação, o que limita sua capacidade de inserção no mercado internacional e reforça a dependência de centros produtores já consolidados, como a China.
Pesquisas:
- RECUPERAÇÃO DE METAIS TERRAS RARAS DE DISCO RÍGIDOS OBSOLETOS.
- SEPARAÇÃO DE ELEMENTOS TERRAS RARAS UTILIZANDO ELETRODIÁLISE COM REAÇÃO DE COMPLEXAÇÃO.
- DESENVOLVIMENTO DE UMA ROTA HIDROMETALÚRGICA PARA RECICLAGEM DE BATERIAS DE NIMH DE VEÍCULOS ELÉTRICOS HÍBRIDOS.
- DESENVOLVIMENTO DE UMA ROTA HIDROMETALÚRGICA PARA OBTENÇÃO DE UM CONCENTRADO DE ELEMENTOS TERRAS RARAS (ETRS)
- ESTUDO DE MEMBRANAS LÍQUIDAS SUPORTADAS PARA SEPARAÇÃO DE ELEMENTOS TERRAS RARAS A PARTIR DE FONTES SECUNDÁRIAS
- RECUPERAÇÃO DE TERRAS RARAS A PARTIR DE UM LICOR DE LIXIVIAÇÃO ÁCIDA DA COLUMBITA UTILIZANDO TÉCNICAS DE PURIFICAÇÃO
- RECUPERAÇÃO DE TERRAS RARAS DOS RESIDUOS DE MINERAÇÃO
- BIOLIXIVIAÇÃO DE ELEMENTOS TERRAS RARAS A PARTIR DE ARGILAS DE ABSORÇÃO DE ÍONS